Um Conto de Natal (O Natal somos nós)

A noite descia pela cidade, o céu estava especialmente estrelado e sentia-se uma atmosfera envolvente, basicamente era NATAL! Do intenso movimento das ruas e compras de presentes de última hora, algo deixava as mulheres solteiras, sem namorado e até mesmo as casadas/com namorado e insatisfeitas preocupadas: todas tinham pedido ao Pai Natal um homem melhor, desejavam um Topo de Gama, um D. Juan ou até mesmo um Casanova que as levasse..vocês sabem onde.

Chegou a ceia de Natal, abriraram-se prendas frente ao pinheiro, as crianças brincavam e a música, o vinho ou o champanhe alimentavam o ambiente típico desta quadra. Apesar dos sorrisos e dos agradecimentos algo alimentava a preocupação destas mulheres: o verdadeiro presente, o mais sincero de todos, o objecto dos seus anseios não estava lá, nem tinha batido à porta! Curiosamente sentiam que algo de mágico iria acontecer, a noite previa algo especial, mas não conseguiam explicar. Nesses instantes sentiam-se como quando eram crianças e lhes tinham oferecido a primeira barbie, ou nalguns casos a sua eterna companheira de infância - a boneca de trapos.

Com renitência aceitaram deitar-se. A família já se tinha recolhido, ou noutros casos até o marido dormia! Quando já estavam prontas a nanar e com uma lágrima sincera no canto de olho, de súbito, eis que ouvem algo! Parecia um filme, o som, aquele tilintar natalício, estariam de volta à infância? Não.

Olharam pela janela, as estrelas pareciam agora luzes de natal, vermelhas, amarelas, azuis e verdes..enfim todas as cores e a esvoaçar as renas, o trenó, o Pai Natal. Maria que nessa noite tinha chorado por se sentir só e pelo facto do namorado não conseguir (enfim..já perceberam) abriu a janela e, como que por magia, fantasia ou feitiço, o Pai Natal com o trenó lotado de imeeeeeeeeeeeeeeeeensaaaaaaaaaaaaaaaaaas mulheres tinha um lugar reservado para ela. Ao Oh Oh Oh (o Topo de Gama disfarçado de Pai Natal é um must), ela perguntou:«Posso?» Ao que o Pai Natalaço respondeu: «It's Christmas time for you»! Nesse momento partiram...

O esvoaçar pelos céus era aprazível, as estrelas sorriam à medida que subiam no indelével céu daquela noite. A determinada altura começaram ver...(adivinhem?), sim o Olimpo! O Pai Natal estacionou o gajómobil, que estava disfarçado de trenó e acompanhado pelas renas, e desceu, enquanto as musas desciam e ficavam impressionadas com a beleza, com a imponência, com o luxo, com a fantasia e maravilha do Olimpo. «Simplesmente divino» pensou Maria.

O Pai Natalão apresentou o Olimpo. Mas, o sentimento de irrealização ainda se mantinha «onde estariam eles?». O Pai Natalazarrão tirou as barbas, era o Topo de Gama! Ao que todas elas responderam com um «ahhhhhhhhhh» e entre a baba e o desejo pensaram novamente «era mesmo isto, só faltava o Casanova!» Nesse momento, o Topo de Gama foi buscar o saco dos presentes (não há Pai Natal sem presentes e embrulhos [ok nesta história falta a chaminé]), adivinhem o que(m) estava lá dentro? Sim, era o Casanova!

Depois, e partir daí, fui um «uiiiiii» que se ouviu em todo o planeta e que ainda hoje é conhecido como o tremor de terra mais excitante que se sentiu em todo o Mundo, um momento considerado a estrela de Natal dos tempos modernos. O que realmente se passou?

Isso fica no segredo dos Deuses...mas que foi magnífico, foi!